Acolhimento Social: Uma das dimensões do fazer do Assistente Social

O assistente social é um profissional liberal, inserido na divisão social e técnica do trabalho, e que atua com as mais diversas expressões da questão social, em variados espaços sociocupacionais. No cotidiano profissional, são utilizadas diferentes técnicas e instrumentos de trabalho, tais como: entrevista, visita domiciliar, atendimento social individual e em grupo, acompanhamento social, acolhimento social, dentre outros.

O acolhimento social é um dos instrumentos diretos utilizados no dia a dia. Acolher significa amparar, oferecer refúgio, abrigar e o acolhimento social é uma forma de oferecer suporte aos usuários, pacientes e familiares. Para isso, é necessário que o profissional esteja aberto para uma escuta qualificada, compreensão das demandas e necessidades que estes trazem, para que, assim, sejam realizados os devidos encaminhamentos, na perspectiva de garantia de direitos e de cidadania.

Na Casa de Apoio à Criança com Câncer Durval Paiva, o serviço social é o primeiro setor a ter contato com os pacientes e familiares, após diagnóstico e encaminhamento médico, é nesse atendimento que acontece o primeiro acolhimento social, um momento ímpar, para o início do acompanhamento social, que é realizado durante todo o processo de tratamento do paciente. É a partir das demandas identificadas durante esse acolhimento, que são realizados encaminhamentos e articulações com a equipe multidisciplinar e outros atores.

Trata-se de um contato inicial de extrema relevância, para a construção de vínculos, bem como, para amparar as famílias que chegam, na maioria das vezes, com muitas dúvidas, anseios e inquietações. Porém, esse acolhimento social ocorre com muita constância ao longo do fazer profissional, não apenas no primeiro atendimento, mas sempre a cada nova consulta, exame e etapa do tratamento, pois é sempre necessário acolher cada demanda e necessidade dos usuários e suas famílias.

Muitas vezes, durante o acolhimento social, é preciso acolher e respeitar, inclusive o silêncio, afinal, em determinados momentos, ele fala muito e, acima de tudo, é fundamental para o respeito e ética profissional.

Por Keillha Israely - Assistente Social Casa Durval Paiva - CRESS/RN 3592

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