Os medicamentos devem ser usados na dose correta e no tempo mínimo, para obter as respostas terapêuticas desejadas. Eles são utilizados para tratar, diagnosticar ou prevenir doenças. Se não forem usados de forma correta, podem ocasionar problemas relacionados ao medicamento.

Um deles são os efeitos adversos, os quais já vêm descritos na bula e são advertidos por sua possibilidade de acontecer. A intensidade e o grau dos efeitos variam em cada paciente. Nas crianças e adolescentes, em vigência de quimioterapia, esses eventos precisam ser monitorados e contidos, para que esse número de internações possa ser controlado e o paciente tenha como dar continuidade ao seu tratamento de quimioterapia sem interrupções, se não forem tratadas, podem colocar o paciente em risco de vida.

Os cuidados e orientações do medicamento deverão ser realizados pelo farmacêutico em uma linguagem de fácil compreensão, pois estudos científicos já comprovam que o agravo dos pacientes está relacionado à pouca informação e, algumas vezes, ao equívoco da informação fornecida a eles e seus respectivos acompanhantes.

O cuidado farmacêutico no tratamento de crianças e adolescentes possibilita minimizar problemas relacionados aos medicamentos – intervenções imediatas, que melhoram a adesão terapêutica do paciente, reduz os custos, os eventos adversos e diminuem a polifarmácia.

Estudos comprovam que a automedicação em crianças tem números elevados, por isso, a necessidade de orientação e conscientização do uso racional de medicamentos em crianças, por parte dos acompanhantes. É importante ressaltar que, durante o tratamento oncológico, a dose terapêutica é muito próxima da dose tóxica e o uso em excesso de medicamentos pode mascarar uma doença ou até algo mais grave.

Por isso, se faz necessário a presença do farmacêutico no cuidado com as crianças e adolescentes, durante todo o período de tratamento, assim como acontece na Casa Durval Paiva, tendo em vista o uso de muitas medicações a longo prazo.