Risco da candidíase bucal em pacientes oncológicos

A candidíase bucal é uma infecção fúngica, causada pelo excesso de fungo Candida albicans na boca, que causa infecção, geralmente, em bebês, devido a sua imunidade ainda pouco desenvolvida e em adultos, que estiverem com o sistema imune enfraquecido, o que ocorre comumente em pacientes em tratamento oncológico.

Durante o período de tratamento, os pacientes oncológicos, que fazem quimioterapia, passam por um quadro de imunodepressão transitória (diminuição da imunidade), no qual há predisposição à proliferação de fungos oportunistas.

Na cavidade oral, as formas clínicas de candidíase podem estar associadas às alterações na mucosa, manifestando-se nas seguintes formas: pseudomembranosa aguda, atrófica aguda, crônica hiperplásica, atrófica crônica, glossite romboide e queilite angular.

            A infecção fúngica acarreta na cavidade bucal, orofaringe e hipofaringe, sintomas de ardência, o que dificulta a mastigação e ingestão de alimentos, impactando drasticamente na qualidade de vida dos pacientes oncológicos, além de dificultar o tratamento contra o câncer. Dessa forma, tratamentos eficazes para a candidíase são importantes, a fim de que sejam sanadas estas intercorrências.

O paciente em tratamento para câncer, também, pode ser acometido por lesões em mucosa, denominadas mucosites. A mucosite é uma inflamação em mucosa oral, decorrente da toxicidade causada pela radioterapia, quimioterapia e outros agentes oncológicos, como os inibidores de EGFR. Os tratamentos oncológicos impedem a multiplicação celular, contendo a proliferação das células neoplásicas. No entanto, eles não são tão seletivos e fazem o mesmo em várias células do nosso corpo. Dessa forma, as nossas células saudáveis que se replicam rapidamente, como as células da pele, da mucosa e células sanguíneas são mais as mais acometidas, gerando os chamados efeitos colaterais.

Quando a mucosa bucal é afetada, pode ser gerada uma inflamação, descamação, erosões e úlceras, dor e sangramento local, alteração do paladar e infecção secundária. Essas manifestações caracterizam a mucosite. Quando a mucosa é agredida, ocorre uma predisposição a diversas infecções, entre elas, infecções fúngicas. Sendo assim, é comum o paciente em tratamento oncológico, apresentar mucosite associada a infecção fúngica na cavidade oral. 

O setor de odontologia da Casa Durval Paiva acompanha os pacientes oncológicos, antes, durante e após o tratamento, a fim de prevenir ou tratar os pacientes acometidos por infecções, como as infecções fúngicas e, assim, promover uma melhor qualidade de vida, durante o tratamento.

Por Anna Crisllainy da Costa Monteiro - Odontopediatra da Casa Durval Paiva - CRO/RN 5213

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