Fisioterapia e qualidade de vida

Cinthia Moreno

Fisioterapeuta – Casa Durval Paiva

CREFITO 83476-F

 

O termo qualidade de vida tem sido amplamente utilizado na literatura e também no nosso cotidiano. Escutamos com frequência que devemos, por exemplo, nos exercitar e mudar hábitos alimentares para desfrutarmos de uma melhor qualidade de vida. Mas a que esse termo se refere?

O conceito não inclui apenas fatores relacionados à saúde, como bem-estar físico, funcional, emocional e mental, mas também outros elementos como trabalho, família, amigos, e outras circunstâncias do cotidiano que também são importantes na vida de qualquer indivíduo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a qualidade de vida reflete a percepção dos indivíduos de que suas necessidades estão sendo satisfeitas. Existem algumas ferramentas que podem avaliar e quantificar a qualidade de vida, levando em consideração alguns indicadores multifatoriais.

O câncer, mesmo nos sintomas iniciais, e o tratamento que muitas vezes é agressivo, podem comprometer o sistema musculoesquelético levando a encurtamentos musculares, diminuição da força muscular, contraturas, alterações posturais e alterações na coordenação motora e equilíbrio. Dependendo da condição clínica do paciente e da presença de dor, pode haver restrição ao leito o que vai comprometer o condicionamento físico. Todos esses fatores causam impacto na qualidade de vida.

O fisioterapeuta é um profissional fundamental em equipes multidisciplinares que tratam pacientes com câncer, pois já existem dados que comprovam que quando o paciente é acompanhado pelo fisioterapeuta desde o diagnóstico, as chances de sobrevida aumentam, assim como a qualidade de vida. As sequelas também podem ser minimizadas e até evitadas.

Isso não é diferente com crianças e adolescentes. Na Casa Durval Paiva, o objetivo do tratamento no setor de fisioterapia é promover a reabilitação do paciente e incentivá-lo a retomar suas atividades diárias de forma independente, o mais rápido possível, considerando sempre suas características individuais e limitações. O objetivo é também diminuir os efeitos colaterais e as complicações que podem surgir após uma cirurgia, quimioterapia ou radioterapia.

Com exercícios terapêuticos e orientações para o dia a dia da criança e do adolescente podemos sim contribuir para uma melhor qualidade de vida, não só no aspecto físico, mas também emocional e social. Percebemos na prática que o tratamento de reabilitação promove segurança e confiança. O paciente tem melhora da autoestima e volta a brincar e se relacionar melhor com a família e amigos.

Por Cinthia Moreno

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