Câncer: Do diagnóstico ao acolhimento

Câncer. Uma palavra que soa tão ruim e amedronta. Para muitos autores e em várias literaturas, é o crescimento desordenado das células, que podem invadir tecidos ou órgãos. O câncer surge através de uma mutação genética, em linhas gerais, uma modificação no seu DNA. Porém, nosso organismo é muito inteligente, as células saudáveis se multiplicam, quando necessário, e morrem, quando o organismo não precisa mais delas.

Então, quando a doença aparece, é porque essas células falharam e não desempenharam sua função corretamente. Dessa forma, surgem os tumores: grandes, pequenos, agressivos, incontroláveis, más formações ou deformações, que modificam um corpo, que mudam aparência e que se espalham pelo organismo, através dos gânglios linfáticos, correntes sanguíneas ou invadindo outros órgãos.

Há vários tipos de câncer, que podem ser chamados de carcinomas, melanomas, sarcomas ou linfomas. O carcinoma é o tipo de câncer mais comum e se desenvolve em células epiteliais; o melanoma é um câncer de pele, mais agressivo e tende a se espalhar rapidamente; o sarcoma atinge os ossos e as chamadas “partes moles” (músculo, gorduras, cartilagens, tendões); já os linfomas são os cânceres do sistema linfático.

Quando ele invade o vizinho? Quer sejam os órgãos, os tecidos ou as células, ficam famosos, conhecidos como metástase. Esse tipo de câncer é o pior? É o primário? O secundário? É aquele que toma conta de todo o corpo e não dá uma alternativa de melhora, pois ele já tomou conta do organismo. São diversas informações e dúvidas, que permeiam a mente, ao receber esse diagnóstico.

Como entender o câncer e atribuir uma forma leve de encarar esse momento? Como aliviar o coração, após receber um diagnóstico que, muitas vezes, tem informações vagas e as palavras que passam pela mente são morte, mutilação, sofrimento, dor, angústia e o medo do desconhecido? Enquanto busca assimilar a primeira onda de informações, surgem os sinais e sintomas, que enfraquecem, fragilizam e, ao mesmo tempo, podem dar forças, para seguir numa luta diária e árdua.

Nesse momento, o paciente pode procurar apoio em organizações sociais, como a Casa Durval Paiva, que conta com uma equipe multidisciplinar, que acolhe e orienta esse paciente e seu familiar, com o propósito de tirar dúvidas e mostrar que o câncer pode ser curado, se for tratado por uma equipe especializada. Além disso, se ele for diagnosticado precocemente, as chances de cura se tornam ainda maiores.

Com isso, a Casa Durval Paiva buscou, durante o ano de 2020, intensificar as ações sobre o diagnóstico precoce do câncer infantojuvenil. Iniciando pela própria casa, onde incluiu a divulgação de informações, sobre sinais, sintomas e formas de tratamento, além de capacitações com todos os colaboradores, sobre os principais tipos de câncer.

Através de campanhas, expandiu essas informações externamente, para que todos sejam multiplicadores e ajudem a conscientizar mais pessoas sobre essa doença, que não pede licença, nem escolhe raça, cor, religião ou classe social. O câncer apenas chega sem ser convidado e se instala.

Por Rilvana Campos Câmara - Coordenadora Diagnóstico Precoce Casa Durval Paiva

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