Efetividade da laserterapia na odontologia em pacientes oncológicos

Simone Norat Campos

Dentista - Casa Durval Paiva

CRO/RN 1784

O avanço da tecnologia tem propiciado o surgimento de novos equipamentos nas áreas de diagnóstico e terapêutica.  Há algumas décadas, a laserterapia na odontologia para pacientes com câncer, tem sido essencial na prevenção e tratamento da mucosite oral, podendo ser usada de forma isolada ou associada ao tratamento medicamentoso.

A palavra LASER é uma sigla em inglês que significa, Ligth Amplification by Stimulated Emission of Radiation, referindo-se à Amplificação da luz por emissão estimulada de radiação. Os lasers podem ser classificados em dois tipos: de acordo com sua potência e ação nos tecidos, como por exemplo os de baixa intensidade de energia (muito utilizados na odontologia) e os lasers de alta intensidade ou de corte, usados em cirurgias.

O laser de baixa intensidade tem o objetivo terapêutico, reduzindo severidade e acelerando a cicatrização.

As modalidades de tratamento contra o câncer são: cirurgia, quimioterapia e radioterapia, utilizadas de forma isolada ou associadas. Na maioria das vezes, a terapêutica não diferencia as células tumorais das células normais, causando com isso vários efeitos colaterais na cavidade oral, como cárie de radiação, disgeusia (alteração do paladar), infecções, osteorradionecrose (necrose óssea) e, principalmente, a mucosite oral.

A mucosite oral é a complicação mais comum do tratamento contra o câncer, atingindo 40% dos pacientes submetidos a quimioterapia, 100% dos pacientes que sofrem radioterapia na região de cabeça e pescoço, em graus variáveis, além de ser a complicação mais comum em pacientes que se submetem a transplante de medula óssea.

Essa condição inflamatória atinge não só a cavidade oral como também todo o trato gastro intestinal até o reto. Pode causar uma dor severa, que necessite a administração de analgésicos opióides, durante a neutropenia (imunidade baixa) e trombocitopenia (imunidade e plaquetas baixas), aumentando o risco de infecções e hemorragias orais. Ainda debilita muito o paciente, aumentando o seu grau de morbidade e, com isso, pode atrasar o protocolo de tratamento, interferindo no controle da doença e na sobrevida do paciente.

Diante disso, a laserterapia tem sido um excelente recurso aos pacientes com câncer, pois a aplicação é simples, indolor e de baixo custo. Além de melhorar a cicatrização, aliviar a dor e controlar a inflamação, confere ao paciente a condição de se alimentar corretamente, melhorando sua condição geral.

O serviço odontológico da Casa Durval Paiva foi pioneiro na aplicação da laserterapia na prevenção e tratamento dos efeitos colaterais advindos da terapêutica oncológica, conferindo aos seus pacientes um melhor conforto durante o tratamento da doença e a melhora no estado geral dos mesmos.

Por Simone Norat Campos - Dentista CRO/RN 1784

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