Voluntariado: contribuição de valor no combate ao câncer infanto-juvenil - 2010

Segundo consta na lei 9.608 de 18/02/1998, o serviço voluntário é o trabalho nãoremunerado realizado por pessoas físicas, sem gerar nenhum tipo de vínculo empregatício, obrigações trabalhistas ou previdenciárias. O vocábulo voluntário vem do latim e está ligado ao verbo querer e à idéia de vontade. Mas de fato, o que é ser voluntário?

Na prática, ser voluntário é conseguir olhar o próximo e fazer algo de bom por ele. O voluntário doa sua energia e criatividade, mas, ganha contato humano, convivência com pessoas diferentes, oportunidade de aprender coisas novas, satisfação em se sentir útil. Em um ato de amor, o voluntário é aquele que, independente do tempo que tenha disponível, sempre acha um jeito de colaborar com a causa, pois o que importa é fazer de coração.

No combate ao câncer infantil, o voluntariado pode se apresentar de diversas formas. Em todas elas, direta ou indiretamente, o voluntário está contribuindo para a missão de sua instituição. O importante é ajudar, pois não só a criança e o adolescente, mas também a família precisa de informação, compreensão e direcionamento. É importante lembrar que não só no contato direto com os pacientes esse voluntário vai estar ajudando. Ele pode ajudar na parte burocrática da instituição, na captação de
pessoas e recursos, através da utilização de suas habilidades artísticas e culturais, enfim, em uma gama de atividades que venham a somar dentro da instituição.

O papel do voluntário na Casa de Apoio a Criança com Câncer Durval Paiva é de extrema relevância, pois ele participa ativamente de todas as ações da instituição. A casa trabalha em prol das crianças e adolescentes com câncer, lutando por melhor qualidade de vida, pelo resgate da cidadania, e principalmente pelo direito de ser criança. Ao contar com a solidariedade dos voluntários, podemos cada vez mais oferecer a essas crianças o que elas necessitam.

Exemplos não faltam, pois dos mais de 200 voluntários cadastrados, existem aqueles que doam o seu tempo há mais de uma década, perfazendo uma jornada de valor na história e no coração de cada um que pode ser ajudado. E eles garantem: muitas vezes, recebem mais do que dão, pela satisfação em contribuir para uma causa tão nobre que é colaborar com quem precisa.

É imprescindível não só para a Casa Durval Paiva, mas acredito que para a maioria das organizações não governamentais, a inserção destes voluntários participando das atividades e contribuindo para as diversas causas. Na luta contra o câncer infantil, esse voluntário tem um papel de fundamental importância, pois ele ainda pode ser um multiplicador na prevenção da doença e atuar de forma ativa com crianças e adolescentes com câncer. Para ser voluntário é muito fácil, basta ser maior de 18 anos e ter algum tempo disponível para se dedicar.

* Julliana Macêdo é Psicologa da Casa Durval Paiva

Por Julliana Macêdo

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