A Casa de Apoio à Criança com Câncer Durval Paiva dispõe de profissional especializado no tratamento de Fisioterapia Oncológica para o atendimento desses pacientes logo após o diagnóstico.  Os principais objetivos desse serviço são: promover o acolhimento da criança e do adolescente, a fim de identificar e tratar complicações que possam interferir na capacidade funcional, como: déficits de força muscular, equilíbrio, coordenação motora e limitações na amplitude das articulações; melhora dos sintomas dolorosos; prevenção e tratamento de complicações respiratórias e ortopédicas, visando assim, a restauração da função, autonomia, qualidade de vida e reinserção social.

Acompanhamos o paciente em todas as fases da doença, a fim de detectar precocemente complicações, promovendo as intervenções, desde a fase inicial da neoplasia. A assistência em oncologia requer do profissional de saúde uma prática resolutiva, seja qual for a situação de doença vivenciada pela criança e seus desdobramentos no cotidiano familiar. Com base nisso, a Casa Durval Paiva adota na sua rotina, reuniões periódicas para rever as dinâmicas assistenciais e práticas multidisciplinares, já que em oncologia pediátrica é preciso rever conceitos e repensar as condutas a partir de uma visão holística.

De acordo comas características da criança e as sequelas provocadas pelo câncer, seu estado geral, idade, condições físicas e mentais, e dependendo do prognóstico da doença,cabe ao fisioterapeuta traçar os objetivos que deseja alcançar e desenvolver um plano de tratamento. A conduta ideal do profissional que lida com paciente oncológico é aquela que visa restaurá-lo dentro de suas possibilidades, ou seja, que exige do paciente apenas o suficiente para a sua reabilitação, de acordo com a fase no processo da doença, devendo aproveitar períodos de disposição e bem estar para estimulá-lo ao máximo,e saber respeitá-lo quando em sua fase terminal.

<p justify;="" "=""> Para que os resultados da Fisioterapia sejam alcançados de forma satisfatória é importante também que o vínculo entre Fisioterapeuta e paciente seja instalado desde o início do diagnóstico, de tal forma que seja criada uma relação de confiança e de aceitação ao tratamento. A abordagem deve ser atraente e adequada à faixa etária para que o paciente aceite o tratamento como algo prazeroso, e não como um sacrifício. Na maioria das vezes, é difícil para ele perceber a importância do tratamento, bem como as conseqüências do abandono. A participação da família nesse processo é fundamental. Parte do sucesso do tratamento depende desses fatores, o restante fica a cargo da efetividade da conduta adotada e dos aspectos individuais e clínicos de cada paciente.