A comunicação como efetivação do direito

A palavra comunicação tem origem etimológica no substantivo latino communicattionem, que significa ‘‘a ação de tornar comum’’. Comunicar é partilhar, associar, participar na troca de mensagens, emissão ou recebimento de informações. A comunicação faz parte do processo das relações interpessoais sendo necessário que se obedeça a um processo composto pelo emissor da mensagem, a mensagem e o receptor da mensagem, para que aja um diálogo bem sucedido.

O profissional de serviço social deve dispor de um bom relacionamento com os usuários, de modo que consiga transmitir a informação/orientação e ser compreendida. Sendo assim, a comunicação precisa ser disseminada de acordo com a escolaridade de cada sujeito, para que se possa atingir uma maior propagação da informação e orientação, no que diz respeito aos direitos sociais e políticas públicas direcionadas à população que se encontra em vulnerabilidade social.

A comunicação é um dos meios mais importantes na mediação durante o exercício profissional, uma vez que a orientação transmitida pelo assistente social age no controle do comportamento dos usuários, facilitando a motivação em busca de justiça e, ao mesmo tempo, provoca interação entre os indivíduos usuários dos serviços, fornecendo o meio para a expressão emocional de sentimentos e de atendimento das necessidades sociais de cada indivíduo.

É relevante considerar a ética, como pilar principal no relacionamento com o usuário, onde o equilíbrio é satisfatório e eficaz para que a mensagem - enquanto agente promotor de justiça e equidade social para a sociedade usuária dos serviços - seja captada e bem compreendida, sem falhas ou ruídos, para que assim, o trabalho construído seja efetivado. A comunicação é para o profissional de serviço social como uma ferramenta, para que os bens e serviços públicos ofertados sejam um direito de todo cidadão.

            De acordo com o professor e escritor Jean François Chanlat, o ser humano é feito de palavras, sendo capaz de expressar a realidade, tanto interior quanto exterior, por isso, a necessidade do profissional de serviço social além de falar, saber ouvir todas as aflições e angústias que permeiam a vida dos sujeitos, para que possa intervir com os instrumentais, de acordo com a demanda exposta.

Sendo assim, destacamos a dificuldade da maioria das famílias e pacientes que estão passando pelo momento delicado do tratamento do câncer em explanar todas as dúvidas, anseios e conflitos presentes neste período ou já existentes no grupo familiar e reiteramos a importância dos profissionais realizarem um atendimento humanizado, fazendo com que os usuários sintam-se à vontade, criando um vinculo entre o profissional e o paciente e/ou família proporcionando o conhecimento da realidade dos indivíduos.

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